sábado, 6 de agosto de 2011

Boneca

Quando era criança, eu lembro que, em cada natal, pedia aos meus pais um presente que tanto queria. Na maioria das vezes, era uma boneca. Contava os dias para ganhar a tal boneca, sonhava com o momento em que a teria finalmente em meus braço, até que esse dia chegava.
Ficava encantada, empolgada e sempre a levava para todos os lugares. E a boneca era o centro das atenções, a protagonista das novelas que inventava.
Isso durava aproximadamente 1 ano, até a proximidade no natal seguinte. A boneca favorita às vezes permanecia nessa condição por mais tempo, porém, de tão usada, começava a apresentar desgastes. Mesmo assim, adorava carregá-la para os lugares que ia, continuava brincando com a boneca. Assim, já precisava de remendos, pois partes do corpo estavam quebradas ou frouxas. Já não dava para brincar como antes, mas eu insistia. E a boneca nova chegou. Vi que aquela já tinha perdido o posto e que não era mais a mesma coisa brincar com ela. Com a chegada da nova boneca, senti uma maravilhosa alegria e novamente a empolgação de quando havia ganhado a outra.
E a vida é assim. Infelizmente precisamos sempre nos renovar, senão nos sentimos entediados e nadando contra a maré, parados no mesmo lugar. Precisamos de novos estímulos, de novas atividades, novos ares. Não quer dizer que devemos abandonar o barco, mas olhar as situações de maneira diferente, tentar entender nossos problemas com outros olhos. E assim não nos cansaremos de viver a nossa vida e nem de quem nos cerca.

Renata

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